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Crítica| Goodnight Mommy (2014)


23 de mar. de 2016

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Título original: Ich seh, ich seh
Direção: Veronika Franz e Severin Fiala
Gênero: Suspense, Drama, Terror
Elenco: Lukas Schwarz, Elias Schwarz E Suzanne Wuest
Duração: 95 minutos
Classificação Indicativa: Não recomendado para menores de 16 anos
Situação: em alguns cinemas – estreia dia 10 de março de 2016 no brasil
Avaliação: razoável

“Guten Abend, gut’Nacht! 
Mit Rosen bedacht, mit Näglein besteckt, schlupf unter die Deck’!
Morgen früh, wenn Gott will wirst du wieder gewckt ” 

“Boa noite, boa noite!
Coberto com rosas, presas com cravinhos, deslize por baixo da coberta!
Amanhã de manhã, se Deus quiser, você irá acordar novamente ”



Goodnight Mommy ou “Boa noite, Mamãe” é um filme independente que muito surpreendeu no ano de 2014 e foi até mesmo uns dos favoritos do cinema austríaco à possível indicação na categoria de “Melhor Filme Estrangeiro” no 88º Prêmio da Academia, o que infelizmente não aconteceu. No entanto, a crítica, em geral, recepcionou o filme de braços abertos, reconhecendo a originalidade da trama e toda a sua simbologia, o que o tornou bem popular.

Posso adiantar que o filme não se enquadra naquele esboço repetitivo de filmes de suspense e/ou terror e, nesse sentido, pode até parecer uma batalha com a sua própria paciência ao assisti-lo, já que a ambientação da trama toma espaço em mais da metade do filme, se arrastando e prolongando um clima quase tranquilo (alguns poderiam dizer tedioso) durante as brincadeiras dos gêmeos, intercalados pelas suas tensas experiências com a mãe. Por outro lado, se você não é um fã de insetos, além dos avisos existentes no trailer, aqui deixo o meu “boa sorte” a todos vocês, para não se contorcerem de agonia em algumas cenas.

Mas então, qual é a temática assustadora da vez? Bem, pense comigo...se a sua mãe aparecesse com o rosto enfaixado – trocadilhos de múmia à parte; agindo de forma estranha e desconexa, pra não dizer avulsa, você, no mínimo, sairia pra benzer a mulher com um litro de água benta...



Pois é, a história se desenrola no relacionamento entre os gêmeos Elias (Elias Schwarz) e Lukas (Lukas Schwarz) e sua mãe (Susanne Wuest), depois que esta retorna à casa para se recuperar de uma cirurgia plástica. Acontece que, a mãe se tornou irreconhecível pelos filhos não apenas no sentido físico – o rosto quase completamente coberto por bandagens; mas também por seus comportamentos distantes e até mesmo agressivos, o completo oposto da sua antiga versão.





É assim que, durante a primeira metade do filme, nos debruçamos sobre o mistério e nos angustiamos tanto quanto os gêmeos ao tentar adivinhar o porquê da mudança extrema de personalidade da mãe.

O roteiro se mostra bastante sutil ao primeiro ver e o expectador é jogado em uma caçada aos mínimos detalhes, dentre eles o tratamento da mãe com Lukas, dando a entender que a mãe está de certa forma descontente com ele e por isso o ignora, focando suas punições em Elias.

A partir de então, os gêmeos passam a levantar a hipótese de que a mulher por debaixo das bandagens talvez não seja a sua mãe, mas uma impostora. Neste momento, a trama se intensifica e as reviravoltas acompanham uma nova faceta do filme, mais violenta e chocante. Só posso dizer que você nunca mais verá uma tesoura da mesma forma.

O suspense psicológico mostra como o sentimento de perda pode se manifestar de formas aterradoras, nos mergulhando em uma confusão de identidades e na desproporcionalidade do próprio medo.

Afinal, até que ponto os gêmeos chegariam para descobrir a verdade sobre a sua mãe?

comentários pelo facebook:

2 comentários:

  1. Oi, Juliana!
    Seu blog é encantador, amei passar por aqui e já estou seguindo.
    Não conhecia esse filme, mas amo histórias assim, adorei a indicação e vou ver em breve!
    Beijos!
    Borboletas de Papel | Fanpage

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  2. Que crítica fantástica! Adoro esse tipo de filme e com essa receptividade mal posso esperar para assisti-lo <3 Bom trabalho.
    Visite nosso blog de livros, filmes e séries: http://jubadaliteratura.blogspot.com.br/

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